quarta-feira, 27 de maio de 2009

A vida nos Escalos de Baixo

A minha mãe contou-me a vida que tinha na aldeia de Escalos de Cima.
A maioria da população vivia da agricultura, tendo algumas mulheres vivido da confecção de bordados de Castelo Branco. O transporte na aldeia era, essencialmente, com burros e carroças. Não havia água canalizada, por isso toda a população ia buscar água ao chafariz da aldeia, com potes.
Os alimentos eram produzidos nas hortas. A alimentação era pobre em peixe e em carne, pois as pessoas só uma vez por ano matavam o porco e o cabrito. O porco era morto na altura do Natal e o cabrito, em Maio, na altura da festa anual.
A festa anual desta aldeia era Maio, em honra de São Pedro. Nessa altura, todos os emigrantes regressava à aldeia para festejar. Realizava-se também, em Junho, a festa de São João.
Apesar das dificuldades, a minha mãe disse-me que o povo desta aldeia era muito unido e ajudava-se mutuamente.


O meu avô paterno

José Domingos Pereira Dourado